Desde 2012 venho participando deste evento fantástico. Você pode ler nestes meus outros posts a minha experiência. Infelizmente não escrevi um post em 2013, mas a experiência foi igualmente mágica.

RubyConfBr 2014 – Minhas impressões
Minha ida ao RubyConf Brasil 2012 em São Paulo

Nem vou dizer aqui que não faltou café e comida, que tinha tomadas por tudo quanto era canto e que o wi-fi não parou nem um minuto sequer. Nem vou dizer também que eu nunca vi isso em outro evento brasileiro – e olha que eu participo de vários.

Este ano o slogan foi “O mesmo ruby, tudo novo.” e não poderia ser mais apropriado. O local mudou, a data e o formato das palestras.

O evento aconteceu na sede da FECOMERCIO SP nos dias 18 e 19 de setembro. A FECOMERCIO é um local muito amplo onde dois andares foram ocupados pelo evento. E pra mim a nova data ficou fantástica, pois normalmente temos muitos eventos sobre desenvolvimento de software em agosto – a minha agenda acaba ficando uma bagunça por conta dos eventos.

Mudança no formato: cinco palestras paralelas

Uma grande novidade foram as cinco palestras paralelas. Três delas ocorrendo no andar inferior chamado de andar aberto e duas delas no andar superior chamado de andar fechado.

O mais legal de tudo é que não estava rolando só ruby – rolou palestra sobre Javascript, Elixir, Front-end, Servidores, Empreendedorismo, Agile e até mesmo PHP – não posso perder a piada – sorry ;-).

No TDC, um evento que eu também gosto muito, também tem um formato parecido. Você encontra uma diversidade de tecnologias bem grande. O problema do TDC é que você precisa se inscrever na trilha que você deseja assistir. Então, se eu escolho Javascript, por exemplo, naquele dia eu não posso assistir outra coisa. Eu participo do TDC desde a primeira edição e antigamente o acesso as salas não era travado. Era muito bacana, pois em um único dia você podia degustar um monte de coisas e conhecer tecnologias que não são do seu dia-a-dia. Bom, enfim, entendo que não é mais assim e que o evento continua bem legal do mesmo jeito.

Este ano, na RubyConfBr, você tinha duas modalidades de inscrição. A mais barata que dava acesso as três “trilhas” do andar aberto e a “full” que dava acesso também as duas “trilhas” do andar fechado. Então a coisa toda funcionou mais ou menos assim: você pegava a programação, escolhia o que queria assistir e corria pra sala desejada pra conseguir um lugar. Simples assim! Sem burocracia! Isso é muito legal, pois me dá chance de conhecer tecnologias que eu não trabalho no meu dia-a-dia e que podem me ajudar em problemas pontuais.

A experiência de palestrar na RubyConfBr

Nos últimos anos eu venho me desafiando a palestrar em eventos de renome nacional e eu vinha mirando a RubyConfBr já há algum tempo, mas nunca submeti uma palestra. Eu gosto desse desafio, pois o meu perfil psicológico é de um cara introvertido. Pra eu chegar no evento e conversar com alguém estranho eu preciso de muita coragem. E o mais incrível é que eu me sinto extremamente bem no palco. Dá pra entender?!

Esse ano eu vi o call for papers e resolvi me aventurar. E não é que o japonês me escolheu? Eu quase tive um troço de tanta empolgação quando eu recebi o e-mail do Akita. Foi incrível!

Eu caprichei bastante no assunto, nos slides, e ensaiei pra caramba. Essa era uma chance muito importante e eu não podia disperdiçá-la. Correndo o risco de parecer prepotente, eu acho que fiz um bom trabalho.

A minha sala estava lotada e rolaram muitas perguntas. Depois que saí do palco, mais de dez pessoas vieram me cumprimentar e trocar ideias. No dia seguinte eu ainda estava trocando ideias com a galera sobre a palestra. Mal posso esperar pra gravação sair e checar onde eu posso melhorar. Como diria o Mauro George da HE:labs – foi irado!!!

Viajar com o time

Uma outra coisa que tornou esta viagem muito especial foi a oportunidade de vir com boa parte do nosso time de desenvolvimento. Além do aproveitamento do evento em si, todos nós pudemos desfrutar um pouco dessa fantástica cidade chamada São Paulo.

A galera voltou de bagagem cheia – todos com muitas ideais e pontos de melhorias em nossos produtos. Foi muito bacana também validarmos que muito do que a gente contrói está no caminho certo. Somos uma empresa do interior de Santa Catarina, estabelecida numa cidade de 33.000 habitantes, onde podemos contar nos dedos os programadores da cidade e mesmo assim a gente produz código-fonte de qualidade.

Eu tenho muito orgulho dessa galera que trabalha comigo.







Só pra finalizar

As palestras que falavam sobre micro serviços, API e Javascript estavam sempre lotadas. Foi muito legal perceber isso, pois está muito alinhado com nossas apostas na ASSEINFO.

Foi interessante observar também que a minoria dos presentes na palestra do João Moura conheciam ou usavam o Active Model Serializers em seus projetos, mas a sala estava cheia. Isso me parece sinalizar que existe um desejo da galera se aprofundar em APIs, mas que isso ainda não é default na comunidade. Acredito que a decisão do core team do Rails de incorporar o Rails API na versão 5 fará a comunidade levar mais a sério esse tema.

Enfim… pra variar… acho que escrevi demais.